terça-feira, 6 de junho de 2017

Resenha: O Menino No Alto da Montanha

Título: O Menino No Alto da Montanha                     
Autora: John Boyne
Páginas: 230
Ano: 2016
Editora: Seguinte
Onde Comprar: Amazon
Pontuação:    ♥ ♥

Sinopse: Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.

Mais uma leitura em grupo que me eu abrir meus horizontes, esta certo que John está na minha lista de leitura há um tempo, porém nunca dei prioridade até o mês de maio chegar e junto com ele a leitura do Grupo Pacto Literário, se tiver interesse em ler conosco só clicar aqui.

Então seu amigo disse que tinha uma história para contar; a história de um menino com o coração cheio de amor e decência, mas que acabou corrompido pelo poder.

Nesta obra conhecemos o pequeno Pierrot, ele fica órfão e acaba indo parar num orfanato e de lá sua tia Beatrix entra em contato e pede que ele vá morar com ele em Bergohf, até ai tudo ótimo. Pois temos o garoto inocente, que sofreu duas perdas num curto espaço de tempo, que viu sua vida virar de ponta cabeça sem poder fazer nada e acabou tendo que desbravar o desconhecido.
E é ai que esse pequeno garoto será corrompido, pois sua tia é governanta da casa de campo eu diria, de Hitler, sim ele mesmo o carrasco. De inicio ele terá que esquecer a vida que levava como judeu com sua mãe, terá que se adaptar aos novos costumes, mudar inclusive de nome, Pieter é assim que se chamará desde quando pôs os pés na casa, para sua segurança.
Na casa todos os empregados temem o patrão, porém quando Pierrot conhece o Adolf Hitler, tratado como Füher no livro. Em pouco tempo um vínculo que ele acredita ser de amizade, cresce entre os dois, ai ele ganha o uniforme da Juventude Hitleriana e isso vai ser o auge para Pierrot que sempre sofria bullyng por todos.
Com isso ele começa a se espelhar no Hitler, fazendo odiar seu melhor amigo de infância, pois ele era judeu. Começou a tratar os empregados com certa arrogância, brutalidade. E ai já não temos mais aquela criança inocente que falei no início e sim um rapaz que está amadurecendo e carregando consigo muita dor e sofrimento.  

Você viu tudo. Sabia de tudo. E sabe também das coisas pelas quais foi responsável. As mortes que carrega na consciência. Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. mas jamais convença a si mesmo de que não sabia.

Adorei a leitura, Boyne nos leva para um universo perto da Segunda Guerra de uma forma impactante e profunda. Várias vezes me peguei lendo a mesma frase ou parágrafo duas vezes para acreditar na crueldade que estava ocorrendo e o personagem principal ficar ali olhando e achando tudo normal.
O final foi mais que merecido, nos mostra que tudo o que plantamos mais cedo ou mais tarde vamos colher os frutos disso e aqui o autor nos retratou bem isso, fiquei triste por Pierrot se deixar levar como ele fez, mas não teria final melhor que este.
A edição é linda, não só pela cor vermelha que amo, mas pelos mínimos detalhes, incluindo a imagem de Pierrot explicando a comunicação com seu melhor amigo que era surdo.Por fim, é uma livro de leitura rápida e fluída. Aconselho mais pessoas lerem esta obra para verem a lição que Boyne deixa no fim de tudo. 

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