Oi pessoal, recentemente
falei dos meus projetos aqui no blog para este ano e um deles foi o Conhecendo Clarice (link aqui), aqui
tem tudo explicadinho e que a primeira parte consiste em ler os 10 primeiros capítulos. Como sabem não estou sozinha nesse projeto, estou com a Thami que fez suas primeiras impressões que você pode conferir em vídeo aqui, e tem também a Jeni.
A obra que estou lendo é
do autor Benjamin Moser que se dá o
título Clarice, que foi publicado
pela Cosac Naify e esta simplesmente
esgotada, uma pena, pois queria comprar.
Eu não sou de ler
biografias, para falar a verdade essa é a primeira na qual me aventuro e até
agora não me decepcionei. O autor começa nos apresentando Clarice e em seguida anuncia
sua morte e com isso nos mostra vários trechos de pessoas que a admiravam não
só como escritora, mas como mulher o que me passou a impressão dela ser linda e
realmente é se observar as fotos.
“Sou tão misteriosa que não me entendo”
Uma das melhores
definições que achei até agora sobre Clarice, ela meio que tinha a necessidade
de omitir certos fatos da sua vida, e inventar certas historias, como por
exemplo, que idade veio para o Brasil, que idade tinha quem eram seus pais. Sim
o autor começa a historia meio que de traz para frente, subverte o tempo,
mescla elementos, faz ligações entrecortadas que eu carinhosamente chamei de
ordem clariceana.
Pois depois de nos
apresentar essas partes da Clarice ele nos remete a relatos da irmã mais velha
Elisa que escreveu um livro sobre a família Lispector. E é ai que somos levados
para a Ucrânia, levados para Guerra Mundial, Guerra Civil Russa, para a extrema
miséria, para o sofrimento de muitas pessoas, especialmente os judeus.
“Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia”.
A família Lispector
consistia em cinco pessoas, Pedro (pai), Mania (mãe), Clarice, Tania e Elisa. O
autor nos conta como foi a viajem deles para o Brasil, no meio dessas guerras e
no meio da historia dos Lispector temos um lado histórico no qual me fascinou,
tanto quanto a vida da família.
Benjamin fez questão de
nos mostrar como o povo sofreu especificamente os judeus que viviam migrando de
cidade em cidade para não serem mortos, os Lispector não estavam mais em casa,
estavam num território inimigo, pois eram judeus, em alguns momentos eu diria
até que foi uma pobreza extrema o que viveram.
Mas tudo poderia mudar se
fossem para o Brasil, no meio dessa jornada para fugir do país veio Clarice ao
mundo, deixando sua mãe ainda mais doente do que já estava. Chegando ao Brasil,
achando que iriam melhorar de vida, tiveram que lidar com o desprezo dos parentes, por estarem morando de favor.
Pedro o homem da família (o
qual me cativou e me ganhou de todas as formas) batalhava arduamente para poder
mudar a situação, as filhas uma cuidava das outras, mas Elisa tinha que cuidar
da mãe extremamente doente.
E eu digo o sofrimento não
acaba viu, eu fiquei horas chocada com o que Pedro e Mania fizeram por essa família,
para poderem sobreviver e para poderem dar um futuro melhor para as filhas.
Quando as coisas começavam ficar bem vinha algo trágico e acontecia, seja na família,
seja no Brasil, pois naquela época era tudo muito conturbado.
E no meio de acontecimentos
históricos, no Brasil e no mundo, essas três mulheres cresceram e viveram suas
vidas. Trazendo consigo sempre as lembranças amargas, tristes do que viveram
principalmente Elisa, por ser a irmã mais velha.
“Quando eu aprendi a ler e a escrever, eu devorava os livros! Eu pensava que livro é como árvore, é como bicho: coisa que nasce!”
Nesses primeiros capítulos
é isso que conheci uma Clarice com uma historia de vida penosa, mas a vida com
sorte lhe sorriu depois de tudo que passou na infância. Uma Clarice que amava
as irmãs, os pais, uma Clarice que deu a cara a tapa para conseguir ser
escritora pois os últimos capítulos nos apresenta suas primeiras obras e que em
todos os personagens tinha um pouco dela, de sua vida.
Me segurei para não
continuar lendo, é uma biografia envolvente, com idas e vindas de historias e
acontecimentos, mesclando passado e presente da vida dessa mulher na qual me
apaixonei.
“No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima”.
E amores a próxima discussão ocorre somente dia 03/02 até lá pretendo ler algum livro da autora e trazer a resenha para vocês.
Olá Isa!
ResponderExcluirAinda não li nada da Clarice e agora depois dessa sua postagem me pergunto o motivo.
Eu adorei as citações, Clarice me parece ser uma mulher de personalidade mercante e alma indomável, preciso ler algo dela o quanto antes!
Força no projeto, pois quero conhecer Clarice através de vocês 💜
Luke, uma pena que não pode ler conosco.
ExcluirMas Clarice é uma mulher com essas características que tu disse ai sim.
Obrigada pelo apoio e vamos ler Clarice. haha
Beijos
Oi Isa!
ResponderExcluirInfelizmente não deu para eu participar do projeto junto com vocês, mas com certeza vai ser ótimo acompanhar cada postagem <3
Amo as citações de Clarice, mas nunca li nenhum livro dela e espero poder mudar isso em breve.
Beijos e sucesso com o projeto!
Mercita, uma pena não poder ter participado.
ExcluirMas quando puder leia algo dessa mulher, por favorzinho.
Obrigada pelo carinho, beijos
Estou amando a leitura, Isa!
ResponderExcluirEu tinha esquecido como era bom ler biografias.
Acho massa saber da vida dos autores que gostamos. E ler Clarice me despertou o desejo voltar a ler outras biografias.
beijos!
Jeni, eu estou amando essa aventura em ler biografia. Comecei com o pé direito.
ExcluirQuem sabe assim como você não me aventuro em outras num futuro?!
Beijos