terça-feira, 22 de setembro de 2015

Resenha - Suicidas



Título: Suicidas
Autora: Raphael Montes
Ano: 2012
Páginas: 488
Editora: Benvirá
Onde Comprar: Saraiva
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥   Favoritado!
Sinopse: Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar.

“Dê um brinquedo a uma criança e ela se esquece dele uma semana depois. Dê uma bronca e ela se lembrará pelo resto da vida”.

Achei este livro por acaso em e-book e quando vi que era do autor Raphael Montes que lançou recentemente O Vilarejo  que por sinal eu quero ler fiquei bem curiosa e fui atrás para saber mais e só li coisas boas a respeito do livro.

Nove jovens de classe média alta, com exceções, se reúnem em um porão de uma casa para se matarem em um jogo de roleta russa. Motivações? O que de fato aconteceu ali? Não se sabe. Passado mais de um ano desse ocorrido, após a descoberta de um livro presente no local das mortes, as mães dos jovens suicidas são reunidas pela polícia com o intuito de esclarecer as pontas soltas desse episódio.
Com um roteiro diferenciado, a trama nos é contada por três formatos: um caderno de anotações de um dos suicidas, que narra tudo aquilo que aconteceu antes do fatídico dia, o livro encontrado no porão, que relata em tempo real o que aconteceu no local, e os diálogos da reunião das mães marcada pela polícia.
A cada capítulo, uma dessas narrativas é apresentada, intercalando-se entre elas. Porém, tudo muito bem montado e orquestrado pelo autor. O que impulsiona de forma inteligente o desenvolvimento e entendimento dos fatos, e, também, os motivos deles.
Os personagens são bem construídos, todos com históricos e carga emocional desenvolvido. É interessante relacionar os perfis das mães com os dos seus filhos. Podendo ver como o ambiente familiar influenciava no comportamento e ações deles. Um ponto negativo deste livro é a quantidade de personagens, mas nada que faça você se atrapalhar.
O fim do livro foi uma grata surpresa, me deixou de boca aberta. Adoro me surpreender com finais, e o autor soube trabalhar muito bem isso. Possui uma trama ágil, mesmo tendo 488 páginas. Enquanto lia não conseguia compreender como jovens poderiam participar de um jogo desses, mas lá no finalzinho tudo se encaixa e a pergunta que fica é “até que ponto conhecemos realmente uma pessoa?”.
Não é a toa que este livro foi finalista dos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Foi o primeiro livro que o autor escreveu. E sinceramente se ele mandou muito bem neste livro, imagino-nos outros que já quero ler. 
Eu recomendo este livro, pois tudo que um livro policial precisa é abordado aqui: mistérios, traições, sexo, drogas, preconceitos, reviravoltas e mortes, claro! Muitas mortes! 




- Há mais famosos mortos do que vivos. A morte traz a fama e o reconhecimento. Quando eu morrer, vão querer saber o que aconteceu aqui, e o meu trabalho será reconhecido... Eu espero. 

Um comentário:

  1. Infelizmente, não é um dos gêneros que costumo ler, mas sem dúvida parece bem interessante!
    Beijos.

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