Mais
um livro lido e amado do grupo de leitura #NomeProvisório,
dessa vez foi a Thami do Eu Li ou Vou Ler que escolheu e como fã nos apresentou
essa obra linda, profunda e muito marcante. Caso queira participar da leitura
deste mês que será Admirável Mundo Novo
só entrar no grupo do face clique aqui.
Título: A Máquina de Fazer Espanhóis
Autor:
Valter Hugo Mãe
Páginas: 256
Ano:
2015
Editora: Cosac
Naify
Onde Comprar: Amazon
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Sinopse:
Uma obra de maturidade a que agora chegará às mãos
dos leitores, conseguida pela grande capacidade de criar personagens que este
autor sempre revelou, aqui enredadas nas questões da velhice, da sua ternura e
tragédia, resultando num trabalho feito da difícil condição humana mesclada com
o humor que, ainda assim, nos assiste. A máquina de fazer espanhóis é uma
imagem livre do que somos hoje, consequência de tanto passado e dúvidas em
relação ao futuro. É um livro de reflexão sobre a fidelidade na amizade ou no
amor.
No país dos silvas poucos serão os que escapam a pensamentos paradoxais de profundo amor pela nação misturados com uma ancestral dúvida sobre se não estaríamos melhor como cidadãos do país vizinho.
No país dos silvas poucos serão os que escapam a pensamentos paradoxais de profundo amor pela nação misturados com uma ancestral dúvida sobre se não estaríamos melhor como cidadãos do país vizinho.
Entre o dramático da vida, com a idade a descontar
o tempo, e o hilariante da casmurrice e senilidade, este romance é um retrato
dos homens que perduram depois da violência mais fracturante. É um retrato
delicado e sensível da terceira idade, com o que acarreta de ideias confusas
sobre o passado e sobre o presente.
“São feitos um pro outro quanto possível, já conhecedores do cominho das pedras que, ao fim de uma ou duas horas, nos levaria novamente ao coração um do outro.“
A obra nos apresenta o
Senhor Antonio Jorge da Silva, um barbeiro que tem 84 anos e acaba de perder
sua amada esposa Laura e em seguida perde sua identidade sendo colocado pelos
filhos num lar de idosos. Desprovido de tudo o que era mais valioso para ele,
Silva como é conhecido, tenta se redefinir num ambiente totalmente novo, onde
irá analisar seu passado, sua vida e fazer novas amizades (velhinhos que
queria trazer para casa e cuidar).
Quando o
senhor Silva chega ao lar, chamado de “Feliz Idade”, ele vivencia de tudo um
pouco, desde a mais profunda tristeza até o amor. Lá dentro, uma das maiores
reflexões que se pode ter, é que mesmo com 84 anos, ainda não se viveu tudo.
Ele, que sempre foi um sujeito dedicado apenas à família, precisou do restinho
de solidão para aprender a fazer amigos. Com essas amizades que mostram para
ele que é essencial termos com quem contar além da nossa família, alguém que
estará ali sempre que todos os outros não mais tiver.
"O nosso coração deveria esvaziar-se de qualquer sentimento que até ali nutrira pela pessoa que deixou de existir."
E, apesar
de contar a história do Silva, o livro também retrata uma parte importante da
história de Portugal. Ele fala daquelas pessoas que lutaram contra a ditadura
salazarista e, principalmente, daquelas que se omitiram para buscar a própria
sobrevivência nos tempos de crise.
Apesar das conversas, da descontração e até dos planos futuros de alguns
moradores do “Feliz Idade”, a morte é uma presença constante. Ela está ali,
aguardando pacientemente, esperando que algum velhinho desocupe um dos
disputadíssimos quartos para que outro tome seu lugar. E é isso o que o autor
nos apresenta, a morte constante, o envelhecimento, o abandono, o amor e foi a
forma como Valter nos mostra isso de maneira um pouco poética que me deixou
completamente apaixonada pela obra. Pois jamais teria coragem de largar meus
pais num lar de idosos e o triste que é uma realidade do nosso mundo.
“Sonhar um mundo é correr riscos ainda maiores, é ser ambicioso perante o que já é impossível.”
A forma como o autor escreve com letras minúsculas, sem espaço entre os
parágrafos, sem diferenciação gráfica entre a narração e a fala dos
personagens. Me incomodou um
pouco pelo fato de nunca ter lido nada assim antes, mas com o decorrer da
leitura você acaba relevando.
Foi o primeiro livro que
li do autor e pretendo ler outros num futuro não muito distante, super indico
esta obra pois assim como foi uma grata surpresa para mim, pode ser para você.
“Porque um livro, com o que contém pode ser uma fortuna eterna. “
Olá!
ResponderExcluirUau, parece uma leitura muito intensa e densa. Eu confesso que geralmente fujo de leituras assim, porque me deixam na bad, hahaha.
Mas gostei da sua resenha e de saber mais sobre ele - até porque provavelmente seria um livro que eu normalmente não pegaria pra ler.
Isso de não haver diferenciação entre narração e fala me incomoda bastante e deixa as coisas mais confusas, rs.
Amei o blog! Bjocas,
www.umdiamelivro.com.br
www.youtube.com/literamigas4
Oi Andressa, também procuro fugir mas dessa vez não deu e o livro me pegou de jeito. hahah
ExcluirMe incomoda tambem, mas com o decorrer da leitura você vai conseguindo se adaptar, haha.
Volte sempre, beijos
Oi Isa, fico tão feliz de saber que você gostou :D
ResponderExcluirAdorei saber um pouco mais sobre o seu ponto de vista!
bjão
Isa, adorei a resenha.
ResponderExcluirEu abandonei esse livro. Não estava no momento dele. Agora lendo seu texto, fiquei com vontade de retomar a leitura. Farei isso logo porque quero muito conhecer a obra do Valter Hugo.
bjão!
www.jeniffergeraldine.com
Jeni, você anda falhando demais com nossas leituras em grupos. hahahaha
ExcluirMas entendo, espero que consiga ler em breve.
Beijão